TURISMO RURAL NAS MISSÕES

O Turismo Rural compreende o conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural e está comprometido com a produção agrícola, agregando valor aos produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural das comunidades.

As Missões ocuparam grande parte do território do Estado do Rio Grande do Sul, com suas fazendas de gado e grandes pastos. As experiências que aconteceram entre 1600 e 1700 ainda estão vivas de muitas maneiras nas proximidades das antigas reduções. Elas estão hoje presentes nas antigas fazendas e propriedades que criavam o gado, que foram introduzidas pelo pároco de São Miguel, Cristóvão de Mendonza. Com a expulsão dos jesuítas e a degradação do processo de redução, chegaram imigrantes, inicialmente espanhóis, depois portugueses, mais tarde alemães, italianos e muitos outros.

Hoje, o Turismo Rural nos permite aprofundar a experiência de viver nas grandes propriedades do Rio Grande do Sul. Em São Miguel das Missões é possível fazer uma viagem no tempo e viver experiências inesquecíveis, vivendo o cotidiano destas fazendas, montando a cavalo, percorrendo trilhas nas mesmas propriedades e participando de refeições que nos mostrarão os costumes gastronômicos e culturais desta região.

Mais informações: Operadora Caminho das Missões

PESCA NO RIO URUGUAI

O Rio Uruguai, um lugar de natureza exuberante, foi desde tempos imemoriais o maior pesqueiro para os povos nativos que viviam neste território. É possível pescar grandes peixes, como o dourado, através de pacotes especializados oferecidos por diversos operadores de pesca localizados no município de Porto Xavier (Estado do Rio Grande do Sul).

Estes operadores conhecem perfeitamente os melhores pontos de pesca e oferecem estruturas bem preparadas e acolhedoras, tanto em termos de equipamentos de pesca como de alojamento, em meio à natureza. A única preocupação dos visitantes deve ser pegar seus peixes e tirar suas fotos, para guardar uma recordação da qual eles nunca esquecerão.

O município de Porto Xavier está localizado na fronteira com a Argentina, em frente à antiga Redução Jesuíta Guarani de San Javier. Nas áreas costeiras do rio, os visitantes poderão desfrutar de espaços preparados para o relaxamento e a diversão.

Todos os grupos de pesca oferecem um serviço completo de refeições, com pratos típicos da gastronomia local.

Mais informações: Operadora Caminho das Missões

ESPETÁCULO DE LUZ E SOM EM SÃO MIGUEL ARCANJO

Ocorre todas as noites nas ruínas de São Miguel Arcanjo e conta a história do nascimento, do desenvolvimento e do fim da experiência jesuítico-guarani.

A história, contada em 48 minutos, é uma viagem no tempo que mostra a vida cotidiana, política, arte, guerra e fé de uma sociedade que viveu um desenvolvimento harmonioso baseado em relações sociais cooperativas.

O texto é narrado por dois personagens da experiência missionária ainda presentes naquele lugar: a igreja e a terra. A narrativa imersiva leva o espectador a uma viagem através do tempo, mostrando um pouco do cotidiano, da política, da arte, da guerra e da fé de uma sociedade que experimentou um desenvolvimento harmonioso baseado em relações sociais cooperativas.

O texto e a faixa, de Henrique Grazziotin Gazzana, são reproduzidos pelas poderosas vozes de Fernanda Montenegro, Lima Duarte, Paulo Gracindo, Juca de Oliveira, Rolando Boldrin, Maria Fernanda e Armando Bógus, resultando em uma experiência inesquecível.

O Show de Som e Luz tem tido a mesma estrutura desde sua primeira apresentação em 12 de outubro de 1978. Ocorre diariamente e, dentro do seu gênero, é o mais antigo do Brasil.

Mais informações: Município de São Miguel das Missões

MUSEU DAS MISSÕES

Está localizada no Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo, em São Miguel das Missões, com suas esculturas e peças guarani dos séculos XVII e XVIII que formam uma das mais ricas coleções de arte sacra do Brasil e de todo o Mercosul.

O museu foi projetado pelo renomado arquiteto brasileiro Lúcio Costa em 1940.

Visitando o Museu das Missões, entraremos em contato com o legado histórico e arquitetônico dos povos missionários dos séculos XVII e XVIII, assim como com os descendentes desta experiência, os índios Guarani. De terça-feira a domingo, grupos de índios da Aldeia Guarani Tekoá Koenju (Aldeia Alvorecer) se reúnem sob o alpendre do museu com seu artesanato, que eles mesmos fazem.

Além disso, em 2014 o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) registrou a Tava, lugar de referência para a memória e identidade do povo Guarani, como Patrimônio Cultural do Brasil. De acordo com registros e pesquisas sobre este lugar sagrado, a Tava foi construída e habitada pelos ancestrais dos Guaranis, a pedido de sua divindade Nhanderu. Em 2018, a Tava também foi oficialmente reconhecida como Patrimônio Cultural do Mercosul.

Para os Gaurani-Mbyá, a Tava é o lugar onde seus antepassados viveram, que construíram estruturas de pedra, nas quais deixaram suas marcas e parte de seus corpos, contendo os “corpos” dos antepassados que se tornaram imortais, e onde as belas palavras do demiurgo Nhanderu são lembradas. Nestes lugares é possível experimentar a boa maneira de ser Guarani-Mbyá e esta maneira de viver permite tornar-se imortal e chegar a Yvy Mara Ey (a Terra sem Mal).

Assim, ao contemplar as esculturas feitas pela mão dos índios séculos atrás, ainda é possível ouvir o som da flauta indiana através das colunas de pedra do museu.

Mais informações: Museu das Missões

A VIAGEM DA BICICLETA ATRAVÉS DOS SETE POVOS DAS MISSÕES

Andar de bicicleta pelas missões jesuítas do Brasil é a melhor maneira de conhecer as comunidades locais. Os ciclistas podem se hospedar em pequenos hotéis rurais e pousadas familiares para uma imersão cultural total. A hospitalidade e simplicidade das pessoas que habitam as aldeias missionárias é algo que todos os visitantes notam, pois em cada lugar que chegam eles são recebidos de braços abertos, como se fizessem parte da família.

O percurso passa por trilhas históricas, florestas e terras agrícolas e passa pelos sete povos das missões, onde se pode visitar seus museus, igrejas e catedrais.

diferentes possibilidades dependendo do tempo disponível e do esforço físico a ser feito. O percurso inteiro tem pouco mais de 300 km de comprimento. Mas você pode cobrir seis dos sete vilarejos em uma rota de cerca da metade do comprimento: 150 km.

FESTIVAL DA ORQUÍDEA DE CONCEPÇÃO

O município, fundado em 1709 pelo padre jesuíta Lucas Caballero, foi transferido para sua localização atual em 1722. Possui grande beleza paisagística e uma grande diversidade de flora e fauna, destacando-se aproximadamente as 2.000 espécies de orquídeas encontradas em sua floresta.

É conhecido como município “Santuário da Orquídea Boliviana” e todos os anos sedia a realização deste festival, que já conta com 20 edições. O festival tem uma exposição e concurso de orquídeas, uma feira de artesanato e gastronomia chiquitana, uma exposição de jardins, concertos, etc.

O Festival das Orquídeas acontece em outubro de cada ano.

Mais informações: https://www.festivaldelaorquidea.com/concepcion/

PARQUE NACIONAL NOEL KEMPFF*

Está localizado no nordeste do departamento de Santa Cruz e, geograficamente, tem influência territorial da província de Velasco, em Santa Cruz de la Sierra, e de uma pequena parte da província de Iténez, em Beni.

A área protegida está localizada biogeograficamente em uma transição entre a Amazônia de Madeira-Rondônia e a Chiquitanía, localizada mais ao sul e caracterizada pela presença de formações e espécies de vegetação do Cerrado.

Esta área protegida faz parte de cinco ecorregiões: Sudoeste da Amazônia, Savanas inundadas, Florestas Secas de Chiquitano e Cerrado.

O acesso é através da cidade de Santa Cruz de la Sierra ou San Ignacio de Velasco, passando por Florida e Los Fierros, de onde se pode acessar a Cachoeira do El Encanto e o Planalto do Caparuch. O Piso Firme também pode ser acessado a partir das cidades mencionadas acima.

Cataratas de Arco Írs

É uma cachoeira de formação natural que oferece uma vegetação exuberante, tornando-a um paraíso natural e turístico.

PARQUE NACIONAL DO AMBORÓ E ÁREA NATURAL DE GESTÃO INTEGRADA

Está localizado a oeste do departamento de Santa Cruz e possui uma grande biodiversidade de flora e fauna, além de espécies de origem amazônica nativa. Ela protege bacias hidrográficas importantes que são uma fonte de vida. É de vital interesse científico e humano, considerando que o parque é uma das regiões mais diversas do mundo, com flora e fauna únicas.

Ela oferece uma bela paisagem de cadeias de montanhas e formações geomorfológicas, e entre suas atrações turísticas se destacam: Cataratas del Jardín, Mataracú, Laguna Verde, Cueva de los Vencejos y Murciélagos, Bosque de los Helechos, Volcanes e outros.

Atividades disponíveis: caminhadas, excursões, escalada, mountain bike, fotografia, zoologia, botânica, arqueologia, antropologia, rafting, etc.

Pode ser acessado de Santa Cruz ou Cochabamba, pela nova estrada ou pela antiga, através de Buenavista, Samaipaga ou Mairana.

IGREJA DE CONCEIÇÃO

O complexo da missão também foi construído pelo Padre Martin Schmid entre 1753 e 1756. A igreja foi restaurada em 1975 por Hans Roth e sua disposição é a inversa da de São Xavier. A riqueza das esculturas e a folha de ouro que adorna os altares e retábulos é um exemplo do esplendor alcançado pelos jesuítas.

MISSÃO DE SAN IGNACIO DE MOXOS

O Templo Missionário de San Ignacio de Moxos, com sua fachada única enfeitada com detalhes simbólicos em diversas cores, está localizado no departamento de Beni (Bolívia). Esta missão jesuíta foi fundada em 1689. Entretanto, sua localização atual se deve à relocalização da cidade em 1749 e a igreja data de 1752. A cidade de San Ignacio de Moxos tem três títulos patrimoniais:

  • Capital Folclórica de Beni.
  • Capital Espiritual das Missões Jesuítas do Cone Sul da América.
  • Ichapekene Piesta: Patrimônio Cultural e Intangível da Humanidade (UNESCO).

Esta terceira cidade missionária das Reduções Jesuítas de Mojos conserva em seu arquivo musical aproximadamente 7.000 fólios com partituras de música barroca dos séculos XVIII e XIX e da primeira década do século XX. Este legado é uma bela simbiose entre os instrumentos clássicos da música barroca europeia e os instrumentos indígenas da região. Um legado que tem sido parcialmente interpretado pela Assembleia de Moxos.

Entre outras atrações, você pode visitar a Lagoa Isireri e o Museu Moxos para entender a história e o legado dos jesuítas e dos povos nativos destas terras.