Cultivo de arroz no Uruguai – A Rota do Arroz

Desde o final do século XVIII, o arroz faz parte da história produtiva do Uruguai, como atividade econômica e patrimônio histórico cultural. Daí nasceu a Rota do Arroz, uma rota turística que permite descobrir o interior dos departamentos de Rocha e Treinta y Tres. Produção e a natureza se combinam para oferecer ao visitante diversas atividades recreativas, participando dos costumes e do cotidiano dos locais.

Para isso, a Rota está comprometida com o resgate e fortalecimento das identidades locais e com a promoção de circuitos alternativos aos de sol e praia, e é composta pelos municípios de Velázquez, Lascano, Cebollatí, La Charqueada, Vergara e suas capitais, de Rocha e Treinta y Tres.

Recomendações para visitar campos de arroz

A melhor época para visitar é durante a época de semeadura (novembro a fevereiro) e a menos recomendada é durante a época de colheita (março e abril).

  • Usar botas de borracha pode ser muito prático.
  • Levar binóculos pode ajudar a identificar pássaros associados ao cultivo de arroz.
  • Leve repelente para mosquitos.

Mais informações: Turismo Departamento de Rocha

Cerritos de Indios (departamento de Rocha)

São elevações de terras construídas pelas populações indígenas que habitavam a região há 4.500 anos, até a chegada dos colonizadores europeus. Milhares deles estão distribuídos em um amplo território uruguaio que inclui os departamentos de Rocha, Treinta y Tres, Cerro Largo, Tacuarembó e Rivera e todo o Sul do Brasil. Só em El Rocha foram localizados, até agora, mais de 2.000 cerritos, e sabe-se que existem muitos mais. São as primeiras construções permanentes das populações indígenas que perduram até hoje.

Os Conjuntos de Cerritos da área de India Muerta foram declarados como Monumento Histórico Nacionalem 3 de julho de 2008.

Estão intimamente ligados a ecossistemas de grande biodiversidade como banhos, rios e lagoas, embora também seja possível localizá-los nas montanhas próximas.

Mais informações: Turismo Departamento de Rocha

Cerro Picudo: típica paisagem montanhosa do Uruguai

O Cerro Picudo, que se eleva 100 metros em uma área de vastas planícies, assemelha-se a um bico de ave e é uma amostra da paisagem típica de montanha do departamento de Rocha. Uma reserva florestal composta de árvores nativas centenárias: ceibos e salgueiros na base da colina e coronelas, tarumánes, arrayánes, talas e palmas pindó no topo, que em tempos passados foi o habitat de nosso puma, “o leão americano”.

Durante a subida do morro, é possível encontrar algumas das únicas reservas existentes de gado Criollo, uma raça histórica que mantém a genética do primeiro gado introduzido pelos espanhóis durante a conquista.

Do alto do Cerro Picudo é possível desfrutar de um panorama de grande diversidade, que inclui a Lagoa Merín, o riacho San Miguel em ziguezague, a vila de 18 de Julio, Chuy, campos de arroz favorecidos pela existência de grandes pântanos e a Fortaleza de Santa Teresa. Lá em cima, reina o silêncio, perturbado apenas pelo canto dos pássaros.

Como chegar?

Pela rota 19, a 15 quilômetros da cidade de Chuí e próximo ao histórico Forte de San Miguel. A caminhada do forte ao Cerro Picudo não leva mais de 30 minutos.

Recomendações:

  • Utilizar calçados confortáveis.
  • Leve água suficiente para se hidratar durante o trajeto.
  • Se visitar na primavera ou no verão, use protetor solar e um chapéu.
  • Você não pode deixar de levar uma câmera para tirar fotos.

Mais informações: Turismo Departamento de Rocha

Forte de San Miguel

Para visitar e conhecer

Construída pelos espanhóis em 1734, foi adquirida pelos portugueses três anos depois, que lhe deram o seu desenho definitivo. O Forte de San Miguel foi reconquistado pelos espanhóis em 1763, embora a sua importância militar tenha diminuído notavelmente pouco depois. Testemunho da história colonial, foi declarado Monumento Histórico Nacional em 1937.

O “Diário de Viagem às Vaquerías del Mar”, de 1705, conta-nos que, na primavera desse ano, cerca de 420.000 bovinos vivos foram transportados desta leiteria para o território missionário, além do rio Ibicuy, numa aventura de mais de mil quilômetros. Ao visitar essas terras, o viajante será transportado de volta no tempo pela história da evolução da pecuária do país, entre o gado crioulo, fauna e flora nativas, morros e montanhas. Uma parada obrigatória nesta viagem é a Reserva Nacional dos Bovinos Crioulos, que é protegida pela UNESCO e faz parte do Parque Nacional da Reserva da Flora e Fauna de San Miguel e que, juntamente com o Forte, são reconhecidos como Patrimônio Histórico Nacional.

Atrás de sua ponte levadiça hoje está alojado um acervo histórico e os ambientes onde viveram ocupantes espanhóis e portugueses são reproduzidos.

Como chegar?

Está localizada na Rota 19, a 7 quilômetros a oeste de Chuí, cidade fronteiriça com o Brasil, e a 6 quilômetros de Laguna Merín.

Horários de visita e custo

Durante a pandemia da COVID-19, o uso de máscaras faciais é obrigatório durante a visita. São realizados controle de temperatura e a solicitação de dados pessoais.

Na alta temporada (dezembro a 1º de março): todos os dias, das 10h00 às 19h00.

Na baixa temporada (resto do ano): todos os dias, das 10h00 às 18h00

O custo é de 50 pesos uruguaios por pessoa. Menores de 12 anos e maiores de 65 anos não pagam. Só pode ser pago com pesos uruguaios.

Grupos ou crianças em idade escolar podem coordenar sua visita por meio do Departamento de Estudos Históricos do Estado-Maior do Exército.

Mais informações: Turismo Departamento de Rocha

Telefone: +598 4474 6541